quinta-feira, 20 de março de 2014

A Encantadora Sevilla

Reservei dois dias para passear por Sevilla, como mandam os blogs de viagem e os viajantes que já estiveram por lá. Voltei com a certeza de que gostaria de ter passado mais tempo na bela cidade (só não o fiz porque teria que remover Granada do planejamento), porém certa de tê-la conhecido muito bem.

Saindo de Madri, levei três horas e oitenta euros para chegar a Sevilla, quase no horário de almoço. Comi um salgado em qualquer lugar do caminho e fui deixar minhas coisas no hostel - o mais bonito e bem arrumado que já vi na vida - La Flamenka. O hostel é super bem localizado, na Calle de los Reyes Católicos. Perto do Rio, perto do centro, perfeito. Deixei minhas coisas e saí para passear.

La Flamenka Hostel
Fui caminhando pela margem do rio até o Parque Maria Luisa, que é fantástico. Nele, se localiza a Plaza de España, fantástico monumento capaz de consumir horas da sua visita, caso queira explorar os desenhos que simbolizam cada região da Espanha. Passei também pelo Prado de San Sebastián, um jardim que me impressionou mais pelos ambulantes do que por seu verde, honestamente - considere que minha viagem foi no inverno! Na volta, parei na Catedra e no Trinity Pub (em mais uma tentativa frustrada de encontrar minha querida Smithwick's). Voltei ao hotel para carregar o celular e me arrumar, e então fui encontrar o pessoal do Couchsurfing em um bar. Conversei com alguns locais e alguns estrangeiros, tomei algumas cervejas, mas estava bem cansada e fui embora cedo para aproveitar o dia seguinte.

Catedral de Sevilla, vista do La Flamenka
Em meu segundo dia em Sevilla, a primeira medida foi participar do Free Walking Tour, recomendadíssimo. Por quase três horas, andamos ao lado do guia Daniello, que já morou em Dublin e me deu a triste notícia: a produção de Smithwick's é pequena até para atender a Irlanda. Portanto, somente com muita sorte se encontra fora do país. Passamos pela Catedral, Alcazar, La Giralda, Torre del Oro, Puente de Isabel II - de lá, nos foi recomendado que visitássemos Triana, "o bairro do outro lado da ponte", habitado por ciganos no passado e com arquitetura bastante rica.

Plaza de España
Puente de Isabel II, vista longínqua de Triana
Ao final do tour, estávamos no Prado de San Sebastián - onde estava ocorrendo o Festival Internacional de la Cerveza. Provei uma Legado de Yuste, espanhola, e a Newcastle Brown Ale, recomendada pela minha chefe. Excelentes! Saindo de lá, voltei para o hostel fazendo um tour cervejeiro por pubs e pela Cervecería Internacional (uma das melhores que já entrei!), dormi por algumas horas e fui para um show de flamenco - minha última atividade em Sevilla, já que eu pegaria o ônibus para Granada no dia seguinte, logo pela manhã.

Newcastle no Festival Internacional de La Cerveza
O show me foi recomendado pelas donas do hostel, por ser gratuito e bem tradicional - e não um dos populares "pega turista". Contava com somente um rapaz tocando violão, outro cantando, e uma moça dançando e complementando a música com palmas. A duração era de quatro ou cinco horas, a casa estava cheia (porém ainda era possível caminhar por ela até o balcão e voltar), com boa oferta de mesas e bancos. O lugar se chama "La Carbonería", e eu recomendo fortemente. Trouxe bastante da tradição da Andalucia, foi uma experiência cultural muito bacana.
Flamenco - La Carbonería
Algumas pessoas haviam me dito para tirar Sevilla da lista de cidades a serem visitadas, pois eu só veria igrejas e prédios. Porém, apesar de elas terem uma certa razão, eu fiquei realmente maravilhada com a cidade, e gostaria mesmo era de ter ficado mais dias por lá. Não iria conhecer mais nada, de fato, mas teria mais tempo para caminhar às margens do rio, pedalar, remar, ou apenas sentar no Parque Maria Luisa, ou em alguma das pontes sobre o Rio Guadalquivir e meditar sobre a vida. Recomendo de verdade a visita a Sevilla!


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