quarta-feira, 14 de maio de 2014

Brown Ale

Andaram me pedindo recomendações de Brown Ale. Pois bem, andei experimentando algumas recentemente.

Newcastle Brown Ale: inglesa, muito saborosa. Em média, R$15 por uma lata de 500 ml. Nota 8.
Joseph Holt Manchester Brown Ale: inglesa, de uma das minhas marcas preferidas. Achei somente em uma promoção (que já acabou, mas era no Mr Beer de Campinas), paguei R$10 na garrafa de 500 ml. Nota 9.
Backer Brown Ale: brasileira, de Belo Horizonte, com sabor de chocolate. Comprei no Sul de Minas por R$8 a long neck. Nota: 8.
Colorado Titãs: brasileira, de Ribeirão Preto, a Titãs é novidade. Tem um sabor leve de laranja, no fundo. Encontra-se por R$15 a R$20 em mercados, pela garrafa de 600 ml. Nota: 8.5.

Dessas, a Newcastle é a mais tradicional, e a Manchester a mais saborosa. A Backer, apesar de muito gostosa, não me trouxe nenhum sentimento em especial. A Titãs,l compete de igual pra igual com as inglesas.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Blanche de Neiges

Witbier belga. Eu poderia encerrar o post por aqui, e você já saberia que se trata de uma excelente cerveja. Comprei no Empório Frei Caneca, sugestão de um funcionário da Beers on the Table. Por menos de R$15, uma garrafa de 330 ml. Se melhorar a história, estraga. Não é todo dia que se encontra uma cerveja tão boa custando tão pouco.

Tenho gostado muito das wit, e estou com dificuldades para eleger a minha preferida. Adianto que essa é bastante frutada, cítrica, mais amarga do que se espera de uma Witbier, porém bastante leve, suave, saborosa. Cerveja perfeita.

Nota: um 9, sem sombra de dúvidas. Ainda estou a procura da cerveja nota 10. Recomendo para: quem gosta de Witbier, quem prefere cervejas mais amargas. Não recomendo para: quem só gosta de cerveja de mulher. Só. Porque acho que até lagerboy simpatizaria com a Branca de Neve. :)

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Couchsurfing - como não fazer um Couch Request

Eu recebo cada pedido de Couch que às vezes acho que minha paciência está sendo testada. Aviso aos navegantes sufistas de sofá: eu já testei e não, ela não funciona. Não precisam testar!

Modelo número um:
About Me 
Indo para o Evento de programadores na UNICAMP, eu e um amigo, bla bla bla bla bla bla bla bla bla 100 caracteres 

Why I'd Like to Meet You 
Indo para o Evento de programadores na UNICAMP, eu e um amigo, bla bla bla bla bla bla bla bla bla 100 caracteres


O que está certo: ter feito o pedido pela ferramenta Couch Request e não por mensagem. SÓ.
O que está errado: absolutamente tudo. O "about me" não me diz nada sobre quem ele é. O "why I'd like to meet you" não me dá informação alguma sobre porque ele me escolheu como host. Seu perfil traz mais informações: "Interests: girls", "Types of people I enjoy: girls". O que me trouxe ainda mais informações foi saber que o cidadão pediu Couch somente para as mulheres de Campinas, e para virtualmente todas. Além de não ter se dado ao trabalho nem de escrever um texto decente (ele realmente escreveu "bla bla bla" no pedido!), enviou o mesmo texto para todo mundo.
Dica para quem escreveu o Request: use o Tinder da próxima vez!

Modelo número dois:
About Me 
i just need a place to stay before my next flight. i would like to see a little bit of the city and leave to rio for the world cup. 

Why I'd Like to Meet You 
i want to meet as much people as i can to learn from them. you look like one who can help me in my first day in brazil/


O que está certo: ter feito o pedido pela ferramenta Couch Request e não por mensagem. Dizer que quer conhecer muita gente e aprender com essas pessoas.
O que está errado: claramente o que esta pessoa busca é um hostel gratuito, e não um host de Couchsurfing. O perfil é novo no site, de forma que talvez o Request fosse algo legítimo e o cara apenas não esteja muito ciente de como as coisas funcionam. Porém, ele nem mesmo se deu ao trabalho de preencher o próprio perfil ou de ler o meu antes de enviar o pedido, o que, infelizmente, faz com que eu creia que é folgado mesmo.
Dica para quem escreveu o Request: há hostel, aeroporto, rodoviária, bar e casa das primas em Campinas. Opções para você passar a noite tem de sobra!

Fora esses, teve um rapaz que me mandou um pedido de Couch até razoável. Porém, como ele tinha um perfil recém-criado (menos de dois dias), incompleto e sem qualquer amigo ou referência, eu neguei. Ele me pediu para encontrar com ele em algum lugar público, de forma que ele me mostrasse seus documentos e que eu pudesse conhecê-lo, aceitei. Quando sugeri um lugar, porém, respondeu-me que era muito longe, pois ele estava em São Paulo e eu sugeri um fast food em Barão Geraldo (Campinas - cidade onde ele me pediu Couch!!).

Se você pretende viajar utilizando Couchsurfing, lembre-se: apesar de a economia com hospedagem ser bem-vinda, não é o foco do site. O verdadeiro intuito é conhecer pessoas, culturas e lugares novos, interagir com a gente que mora no lugar que você vai visitar. Perca um pouquinho de seus preciosos minutos para ler o perfil de seus potenciais hosts, selecione apenas aqueles que parecem ter a ver com você ou ser interessantes, e gaste mais um pouco de seu tempo para escrever a eles uma mensagem personalizada, que faça com que eles também se interessem em receber você!

terça-feira, 29 de abril de 2014

Eisenbahn Frosty Bison

Certamente não é a cerveja certa para o clima, mas ainda assim foi uma excelente escolha para a noite. A cerveja, que ganhou o concurso de Mestre Cervejeiro em 2013 e passou a ser produzida (por tempo limitado) pela Eisenbahn é sensacional.



Amarga, bem amarga, do jeito que eu gosto. Gostinho cítrico, bastante refrescante (falei que errei a cerveja pra esse clima!), com teor álcoolico relativamente alto (6.9%) e um sabor bem forte, porém que desce de forma macia. Não é, porém, uma cerveja para se beber de dúzia, em minha opinião.
Essa American IPA tem algo especial pra mim: é a minha tentativa inicial de deixar de lado o preconceito que tenho com cervejas americanas. Se caírem em minhas mãos produtos igualmente saborosos, será mais fácil do que estou esperando.

Nota: 8. Bela IPA. Recomendo para: o verão. Não recomendo para: quem não gosta de cerveja amarga, é claro.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Bayerisch Hell

Uma grata surpresa no Beer Pack de março foi a Bayerisch Hell. Uma Lager (Helles), com 4.8% de teor alcoólico, alemã (portanto, sujeita à Lei de Pureza), tinha tudo para ser só mais uma cerveja. Porém, se eu soubesse de antemão que ela foi medalha de bronze no Europe World Beer Awards de 2013, talvez eu já tivesse criado a expectativa que ela merecia.



Porém, revelou-se excelente. Suave, bem maltada, refrescante, levemente amarga, do tipo que se poderia beber por toda a noite sem se cansar ou passar mal no dia seguinte.
Aproveito para dizer que fiz uma busca rápida sobre ela na Internet e descobri que é vendida no Brasil por preços bem razoáveis, como R$16 a R$20.

Nota: 9, por ter sido uma Lager realmente gostosa. Recomendo para todos, não vejo como esta cerveja poderia desagradar alguém.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Boris

"Se tá ruim pra mim, imagina pra quem tá tomando cerveja de milho?" é a única coisa boa que consigo pensar sobre a francesa Boris. Eu a recebi no beer pack de março, que, sinceramente, não me agradou tanto quanto o de fevereiro.


A Boris é uma lager sem personalidade. Tem gosto de lager, ponto. Graduação alcoólica de 5,5%. Pra ser honesta, achei parecida com Itaipava. Pois é. Uma cerveja francesa com gosto de Itaipava. E preço de importada. Preciso falar mais alguma coisa? Fiquei chateada, quase ofendida, ao ler reviews positivos sobre ela. Sua pontuação na página do Brejas era de 2.9/5, o que não é excelente, mas significa que está agradando...

Nota: 3, para fazer caridade. Recomendo para: lagerboys que tenham grana para esbanjar e queiram tomar uma gourmet pra impressionar (han?). Não recomendo para: quem gosta de cerveja de verdade, nem pra quem escolhe cerveja pelo preço em vez do custo benefício, pois não é lá muito barata!

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Cervejas da Galícia

Eu já havia provado, no Brasil mesmo, a Estrella Galicia, "cerveza especial". É uma Lager, bastante parecida com as nossas, porém com qualidade superior. Não deixa de ser just another Lager, mas, se o preço estiver bom, compensa em vez de comprar uma Original. Nota 7.

Em Madrid, provei a Estrella Galicia negra, bastante saborosa. No mesmo dia, conheci as cervejas da linha 1906 (pertencente também à Estrella Galicia), nas versões Especial e Red Vintage. Esta última obteve medalha de ouro no World Beer Challenge em 2013 - vi esta notícia dois dias antes de encontrá-la e poder confirmar sua qualidade.

Estrella Galicia: especial e negra 
A Estrella Galicia negra é mais alcoólica e saborosa que a especial, com aroma de café. Não chega a ser uma Stout, mas tem boa presença e agrada os admiradores de cerveja escura. Nota 7 também, pois já tomei cervejas escuras muito mais saborosas.

A 1906 Especial é outra Lager, porém mais encorpada e alcoólica do que a Estrella Galicia "convencional". É mais amarga e ligeiramente tostada, fazendo com que eu a preferisse, porém fosse recomendar com cautela caso alguém me pedisse indicação de cerveja para uma festa (já sugeri a Estrellla Galicia anteriormente e foi muito bem recebida, tanto pelos Lagerboys quanto pelos apreciadores de cerveja de verdade). Digna de um 8, não fosse a ressalva de indicar para outros. Fica, portanto, com um belo 7.

1906: Reserva Especial e Red Vintage
É quase desonesto querer falar da Red Vintage: ela já tinha pontos comigo por ser Red e pela informação sobre o WBC. Red Ale, tostada, bastante amarga, com 8% de teor alcoólico. Preciso falar mais alguma coisa? Provei e aprovei, considerando-a a melhor cerveja entre as quatro que citei aqui. Nota 9 pra ela.

Já conversei com meus informantes e a 1906 Especial foi encontrada em Campinas. Ainda não tenho notícias sobre a disponibilidade da Red Vintage em terras tupis. Não me apaixonei pelas cervejas da Estrella Galicia, mas gostaria de tomá-las eventualmente.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Cervejas Espanholas - apanhado geral

Aproveitei minha estadia na Espanha para provar as cervejas locais. Pelo que eu havia lido e conversado com quem entende do assunto, eu iria me decepcionar e me sentir no Brasil. Bem, de fato, o grosso da cerveja espanhola se assemelha muito ao Brasil. Pelo menos não são cervejas de milho, então alguma vantagem a Espanha já tem...
O que eu mais vi por aqui foi Cruzcampo e San Miguel, que eu compararia com Brahma. Tem também bastante Heineken e Amstel, porém de produção espanhola. São mais saborosas do que as que encontro no Brasil, mas não deixam de ser uma excelente quarta opção, perdendo para: cerveja de verdade, Coca-Cola, água gelada. Senti falta da Estrella Galicia, que gosto bastante apesar de ser uma cerveja comum. Encontrei-a bem pouco.

Provei também algumas cervejas artesanais do País Basco (minha região preferida, por sinal). Família Basqueland (com as variedades Pale Ale, Golden Ale e Amber Ale), Olañeta (Rubia e Tostada), Gross (Amber Ale) e Keler 18 (Rubia). Destaco a Basqueland, com três cervejas bastante saborosas, que merecem um review à parte. A Gross e a Keler não tinham nada demais (não eram ruins, mas não fiz questão de repetir). As duas da Olañeta eram gostosas e me lembraram cervejas belgas. Preferi a Tostada.
Mais de um dono de bar me disse que há milhares de microcervejarias no País Basco. Infelizmente, encontrei somente as cervejas bascas listadas nesse post.

Zerb e San Sebastián, no País Basco
Da Andalucía, a Alhambra merece atenção. Provei a Especial (clara) e a 1925 (escura). A Especial é excelente para quando se quer beber bastante de uma só variedade. Sabor forte e rico, sem ser enjoativo. A 1925 é mais adocicada e marcante, particularmente eu prefiro. Porém, não dá para passar a noite bebendo somente 1925.

Talvez por ter vindo com baixa expectativa, eu me encantei mais do que me decepcionei com as cervejas espanholas. Estava esperando uma variedade menor e com sabores mais parecidos, tanto entre si quanto com o que temos disponível no Brasil. Gostei do que vi e provei por aqui.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Basqueland Brewing Project

Das cervejas que provei na Espanha, comerciais e artesanais, as que eu mais gostei foram as da Basqueland Brewing Project. Eu as encontrei no melhor pub que visitei em San Sebastián: Molly Malone, situado na San Martín Kalea, próximo à catedral.



Comecei pela Pale Ale. Amarga como deve ser, porém bastante leve. Como boa representante das Pale Ale, excelente para abrir o apetite, seja ele de comida ou de mais cervejas. A seguir, tomei a Golden Ale. Adocicada, seu sabor se acentuou por ter experimentado primeiro a Pale Ale. Lembrou, ligeiramente, a Golden Ale da brasileira Baden Baden.
Por fim, quando eu ia experimentar a Amber Ale, descobri no bar uma Leffe que eu ainda não conhecia: Vielle Cuvée. Interrompi a programação convencional para inseri-la na lista. Forte e frutada, bem marcante, deixou um sabor também adocicado no final. Preparação perfeita para a Amber Ale, cerveja que fechou minha noite.

A Amber Ale da Basqueland é exatamente o meu número. Amarga, encorpada, levemente tostada, com cara de inverno. Difícil escolher entre tantas cervejas boas, mas, se é para selecionar a melhor Basqueland, eu fico com a Amber Ale.
No entanto, daria às quatro cervejas da noite a mesma nota: um belo 8.

Dois dias depois, voltei ao pub para me despedir do País Basco em grande estilo. Inverti a ordem das duas primeiras cervejas, degustando a Golden Ale em primeiro lugar. Eu gostei da experiência, porque seu sabor ficou mais suave e menos adocicado. Como consequência, a Pale Ale teve seu amargor destacado, o que também foi interessante para mim (mas acredito não ser para a maioria das pessoas). Por outro lado, por ser mais marcante, não acho que a Golden seja uma boa primeira opção - ela é mais completa e não dá a mesma sensação de início de noite e refeição que a Pale Ale.
Mantive a nota 8 para todas, a preferência pela Amber Ale, e a ideia de que se deve começar pela Pale Ale sempre.

sábado, 22 de março de 2014

Um fim de semana em Granada

Fui para Granada meio a contra-gosto, para falar a verdade. A cidade estava no meu plano inicial de viagem, por um período de dois dias. Porém, os dois dias que passei em Sevilla, imediatamente antes de ir para Granada, fizeram com que eu quisesse ficar mais tempo por lá. Todas as pessoas com quem conversei sobre o assunto se opuseram fortemente a isso: eu já havia conhecido bem Sevilla, não havia mais novidades por lá, seria somente um tempo a mais para passear à beira-rio e remar (esporte que eu adoraria ter praticado na Espanha e acabei não tendo oportunidade). Granada tinha um mundo novo a me oferecer, com seu espírito alternativo e a Alhambra. Como alguém pode ir pra Espanha pela primeira vez e não visitar a Alhambra?

Alhambras: a fortaleza e a cerveja
Deixei Sevilla na sexta-feira logo cedo, às 9h da manhã, de ônibus. Combinei com Lois, meu host, qu eu tomaria um circular da rodoviária até a Catedral e lá me encontraria com ele e a outra Couchsurfer, Luba, que chegaria cerca de quarenta minutos antes de mim. Assim foi feito. Fui bem recebida por eles, colocamos as mochilas (minha e da Luba) no carro do Lois e fomos almoçar do modo tipicamente espanhol: de bar em bar, pedindo uma ou duas cervejas em cada um, e comendo tapas - os tradicionais petiscos dados quando se paga por uma cerveja. Uns três bares depois, devidamente alimentados, Lois nos deu instruções de como chegar até a Alhambra e voltou para sua casa, com nossas mochilas.

Eu e Luba fizemos a visita. A entrada custa cerca de 15 euros, que achei bastante cara. Porém, o lugar é realmente incrível e imponente. Tem-se uma vista legal da cidade inteira e das montanhas, se o tempo colaborar e não estiver nublado. Os jardins me impressionaram mais do que o castelo. A quantidade de água por toda parte também - residência de verão da família real, em alguma data que não me lembro. Para se conhecer tudo, leva cerca de quatro horas ou pouco mais. O melhor da Alhambra, para mim, foi de graça: o belíssimo pôr-do-sol que pudemos ver ao descer da fortaleza. A única palavra que o define, porém ainda deixa a desejar, é "espetacular".

Pôr-do-sol visto da Alhambra
Entre a Alhambra e a casa do Lois, paramos em mais um bar, pois eu estava morta de fome. Pedi uma cerveja e um tapa, vieram dois de cada. Porém, como a Luba não estava com fome ou sede, fui obrigada a tomar duas cervejas e comer por duas. Dura vida, só que ao contrário.
Lois nos mostrou sua casa, o quarto em que cada uma dormiria, forneceu mapas da cidade, marcou os pontos de interesse para nós, deixou as cópias das chaves e partiu para um compromisso já marcado.

Eu tomei banho e fui conhecer a área de bares recomendada por Lois, incluindo um pub irlandês. Os pubs na Espanha são, em geral, tão fracos quanto os nossos: de irlandês, somente o nome, Guinness e Murphy's. Porém são em conta, possuem um ambiente legal e oferecem tapas. ;)
Uns dois bares depois, quase às 2h da manhã, voltei para casa. Sozinha, de madrugada, em uma cidade desconhecida, com a certeza de que nada de ruim poderia acontecer. A sensação de segurança, e a segurança que se tem de fato, são incríveis e vão deixar saudades.

No dia seguinte, Lois nos levou para tomar café da manhã enquanto aguardávamos seu amigo Manolo. Quando o time estava completo, saímos para explorar Granada, a pé. Visitamos a Catedral, a Mesquita, e caminhamos pelos famosos bairros de Albaicín e Sacromonte. Sacromonte merece menção honrosa: é um bairro vertical, de onde se vê a Alhambra de diferentes níveis e pontos de vista. Segundo a Luba, esse passeio merecia mais os 15 euros que pagamos para visitá-la por dentro.

Andrea, Lois e Luba
Sacromonte tem outra peculiaridade: grande parte de suas casas são cavernas. Há construções externas, de modo que quem vê por fora acredita ser um bairro comum. Mas, ao abrir as portas da frente de cada residência, tem-se um mundo diferente à espera. No alto do Sacromonte, adentramos uma das cavernas, que funciona como um bar e é de um amigo do Lois. Visitamos, tiramos fotos, e fomos para fora, onde nos sentamos com o dono para tomar umas cervejinhas e apreciar a vista privilegiada da Alhambra.

Findo o passeio, voltamos à região central da cidade para as cervejas e tapas de almoço, em diversos bares, como pede o código. Para manter a tradição, fizemos a siesta após o tour de tapas. Acordei quando a Luba foi se despedir de mim: estava indo para Málaga, umas 18h. Tomei banho, fui dar uma última volta pela cidade e conhecer os irish pubs que eu ainda não tinha visitado. Voltei para casa para pegar minhas coisas e me despedir do Lois e parti para a rodoviária para encarar meu próximo desafio: uma noite inteira viajando, com destino a Valencia.

quinta-feira, 20 de março de 2014

A Encantadora Sevilla

Reservei dois dias para passear por Sevilla, como mandam os blogs de viagem e os viajantes que já estiveram por lá. Voltei com a certeza de que gostaria de ter passado mais tempo na bela cidade (só não o fiz porque teria que remover Granada do planejamento), porém certa de tê-la conhecido muito bem.

Saindo de Madri, levei três horas e oitenta euros para chegar a Sevilla, quase no horário de almoço. Comi um salgado em qualquer lugar do caminho e fui deixar minhas coisas no hostel - o mais bonito e bem arrumado que já vi na vida - La Flamenka. O hostel é super bem localizado, na Calle de los Reyes Católicos. Perto do Rio, perto do centro, perfeito. Deixei minhas coisas e saí para passear.

La Flamenka Hostel
Fui caminhando pela margem do rio até o Parque Maria Luisa, que é fantástico. Nele, se localiza a Plaza de España, fantástico monumento capaz de consumir horas da sua visita, caso queira explorar os desenhos que simbolizam cada região da Espanha. Passei também pelo Prado de San Sebastián, um jardim que me impressionou mais pelos ambulantes do que por seu verde, honestamente - considere que minha viagem foi no inverno! Na volta, parei na Catedra e no Trinity Pub (em mais uma tentativa frustrada de encontrar minha querida Smithwick's). Voltei ao hotel para carregar o celular e me arrumar, e então fui encontrar o pessoal do Couchsurfing em um bar. Conversei com alguns locais e alguns estrangeiros, tomei algumas cervejas, mas estava bem cansada e fui embora cedo para aproveitar o dia seguinte.

Catedral de Sevilla, vista do La Flamenka
Em meu segundo dia em Sevilla, a primeira medida foi participar do Free Walking Tour, recomendadíssimo. Por quase três horas, andamos ao lado do guia Daniello, que já morou em Dublin e me deu a triste notícia: a produção de Smithwick's é pequena até para atender a Irlanda. Portanto, somente com muita sorte se encontra fora do país. Passamos pela Catedral, Alcazar, La Giralda, Torre del Oro, Puente de Isabel II - de lá, nos foi recomendado que visitássemos Triana, "o bairro do outro lado da ponte", habitado por ciganos no passado e com arquitetura bastante rica.

Plaza de España
Puente de Isabel II, vista longínqua de Triana
Ao final do tour, estávamos no Prado de San Sebastián - onde estava ocorrendo o Festival Internacional de la Cerveza. Provei uma Legado de Yuste, espanhola, e a Newcastle Brown Ale, recomendada pela minha chefe. Excelentes! Saindo de lá, voltei para o hostel fazendo um tour cervejeiro por pubs e pela Cervecería Internacional (uma das melhores que já entrei!), dormi por algumas horas e fui para um show de flamenco - minha última atividade em Sevilla, já que eu pegaria o ônibus para Granada no dia seguinte, logo pela manhã.

Newcastle no Festival Internacional de La Cerveza
O show me foi recomendado pelas donas do hostel, por ser gratuito e bem tradicional - e não um dos populares "pega turista". Contava com somente um rapaz tocando violão, outro cantando, e uma moça dançando e complementando a música com palmas. A duração era de quatro ou cinco horas, a casa estava cheia (porém ainda era possível caminhar por ela até o balcão e voltar), com boa oferta de mesas e bancos. O lugar se chama "La Carbonería", e eu recomendo fortemente. Trouxe bastante da tradição da Andalucia, foi uma experiência cultural muito bacana.
Flamenco - La Carbonería
Algumas pessoas haviam me dito para tirar Sevilla da lista de cidades a serem visitadas, pois eu só veria igrejas e prédios. Porém, apesar de elas terem uma certa razão, eu fiquei realmente maravilhada com a cidade, e gostaria mesmo era de ter ficado mais dias por lá. Não iria conhecer mais nada, de fato, mas teria mais tempo para caminhar às margens do rio, pedalar, remar, ou apenas sentar no Parque Maria Luisa, ou em alguma das pontes sobre o Rio Guadalquivir e meditar sobre a vida. Recomendo de verdade a visita a Sevilla!


terça-feira, 18 de março de 2014

Imigração em Madrid

Há muito tempo ouço que é difícil entrar na Espanha, principalmente se você for mulher, brasileira e solteira: é imediatamente confundida com prostituta.
Preparei toda minha documentação para provar que era turista e não queria me mudar para lá (mentira, claro que eu queria, mas não no momento): confirmação da passagem de volta, reserva de hostel, seguro de saúde, comprovante de que tenho um emprego no Brasil e renda suficiente para me manter durante a viagem, enfim, tudo o que poderia ser solicitado.

Ao chegar em Barajas e entrar na fila para controle de passaportes, vi várias pessoas sendo inicialmente barradas, e levadas para a salinha da entrevista. Quando chegou na minha vez, porém, foi tudo muito simples e rápido.

Andrea: Hola.
Polícia: Dónde vas?
Andrea: Madrid.
Polícia: Listo.

Nem nos hermanos Argentina e Uruguai eu havia entrado com tamanha facilidade e falta de palavras...

quarta-feira, 5 de março de 2014

Modelo de Couch Request

Faltam duas semanas para a minha próxima viagem internacional. Destino: diversas cidades na Espanha. Tenho, portanto, andado bem ocupada escrevendo Couch Requests. Não é como se você escrevesse para um hostel gratuito perguntando se existem vagas. Você está pedindo abrigo a um desconhecido. Você precisa convencê-lo de que valerá a pena hospedar você.

Isso exige um bom trabalho: procurar os perfis de couches disponíveis na cidade, ler para ver quais são parecidos com o seu (parecidos em valores, não necessariamente seu clone!), escrever mensagens personalizadas pra cada um e cruzar os dedinhos enquanto espera as respostas.
Já recebi uns pedidos bem ruins, de gente que obviamente só queria um teto gratuito. CS não é sobre dinheiro, é sobre troca.

Segue o primeiro pedido de couch que fiz, em minha viagem à Irlanda (2013). Ele foi aceito e foi publicado em um blog como "modelo de couch request" por um amigo da minha host (que acabou virando meu host também, pois dividi os cinco dias em dois blocos para não ficar muito tempo na casa de ninguém).

Parte pública (open request):
Hi!
I'm new to CS - just participated in some local meetings (Campinas, SP - Brazil), but I'm excited to host and surf this year.
I'm brazilian, 27, and I work as a software developer at IBM. In my free time, I like to travel, to drink some beer, to play chess... I'm open minded and easy going, like to meet new friends and to hang out with the old ones - some of my friendships are older than 20 yrs!

Mensagem personalizada couch request):
Hi Franziska!
I'm going to St Patrick's Festival and I'm looking for a couch, and that's how I found you. :)
I liked your profile specially because of climbing (I've started to climb last year, but I'm still a newbie), folk music (I like celtic music a lot!) and travelling experience. I think we share some common interests and it would be great to meet you!
Is your place available between March 14 and March 19? I'll travel in Ireland before that, probably arriving in Dublin on March 14. My flight back to Brazil is scheduled to March 19. I know that 5 nights might be a little too long, but it would be great if you could host me for 2-3 days.
I know it's kind of early to ask for a couch, but I saw that most of hotels and hostels are already occupied, therefore I'm seeing the available options (I'd rather be hosted at a CSer place or hostel, because I'm travelling alone this time and it would be great to meet new people).
Although I'd like to meet new people and hang out with them, I'm very independent and I can explore the city by myself. So, you don't need to worry about spending your time with me when you have to work or when you have your agenda unavailable. I can leave the flat in the morning when you're gone and get to know the city - it would also be great to talk in the evening.
Well, this is my very first couch request, so I hope not to have forgotten anything.
Thank you in advance!
Andrea

domingo, 2 de março de 2014

Delirium Red - o elefantinho rosa volta a atacar

As cervejas frutadas são tidas como cervejas para mulheres. Eu discordo levemente, principalmente após conhecer a Delirium Red.

Apesar de ser uma cerveja adocicada, com aroma e sabor de cereja, é uma strong beer com alta graduação alcoólica: 8%. Quando eu a comprei, na The Ale House (nos Jardins, em São Paulo), a vendedora (D. Maria, que me deu uma excelente consultoria e sabia falar sobre todos os produtos do cardápio e da loja!) me avisou para ter cuidado com a cerveja, que eu só deveria comprar se estivesse acostumada a cervejas fortes. I'm no Lagerboy, baby, I know what I'm doing here...

Gosto bastante das Ale, a Delirium nunca me decepcionou, e a única cerveja sabor cereja que eu havia tomado, a Floris Kriek, havia me agradado bastante.
Acredito ter sido uma boa escolha para encerrar meu domingo. Nota: 8.
Recomendo para: quem gosta de Ales e cervejas frutadas.
Não recomendo para: Lagerboys que não dispensam uma Skol geladinha, quem procura uma cerveja mais leve e feminina.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Planejando as férias

Minha vida, especialmente como viajante, divide-se em pré-CS e pós-CS. Depois de ter começado a frequentar os encontros do Couch Surfing de Campinas, há um ano, comecei a viajar mais e planejar menos. Durante 2013, viajei pelo menos uma vez por mês. Combinei de última hora a maior parte das viagens - muitas delas apenas com desconhecidos. Foi na mesa do bar que surgiram as minhas ideias de viagens e que se concretizaram muitas delas, como meu primeiro mochilão (pela Irlanda e Irlanda do Norte, em março de 2013).



Este ano eu estava planejando mochilar pela América do Sul, mas estava receosa de ir desacompanhada. Além disso, estava difícil encontrar passagens que valessem a pena, apesar da antecedência de quase dois meses. Foi assim que, novamente no encontro do CS, apareceu a minha viagem dos sonhos: passagens baratas para a Espanha, somadas ao fato de que duas amigas estão morando lá (em diferentes regiões do país). Dois dias após saber o preço das passagens, eu as comprei e marquei minhas férias. Só faltava decidir todo o resto, mas pelo menos estava tudo certo na empresa e eu tinha as passagens em mãos. Comprei com o cartão de crédito do papai, por ser Visa - e ter direito, gratuitamente, ao seguro de vida exigido pelo tratado Schengen. Mas como eu sou uma mocinha crescida, trabalhadora e responsável, vou reembolsá-lo...

A próxima providência foi secar o euro por duas semanas. Quando finalmente ficou baixo (não tanto como eu esperava, mas com a melhor cotação que eu conseguiria), comprei um certo valor em cash. Este ano eu não me preocupei com os cartões pré-pagos da Visa e Amex, pois os impostos não ficariam diferentes se eu gastasse tudo no débito ou crédito. Garanti algum dinheiro em espécie e vou viajar com meus cartões habituais.

Ao comprar as passagens, fiz uma lista de cidades que eu gostaria de visitar, mas que certamente não caberiam em apenas três semanas. Estou refinando a lista até agora (falta exatamente um mês para a minha viagem!), já eliminei cinco cidades (Ibiza, Palma de Mallorca, Santiago de Compostela, La Coruña e Salamanca), e acredito que ainda precise cortar mais algumas. Meu roteiro será pelo leste da Espanha, de norte a sul, porém sem incluir as ilhas. Um dia, daqui a muito tempo, eu marco uma viagem somente pelas Ilhas Baleares. Outro dia, talvez demore menos tempo, eu faço o oeste da Espanha, juntamente com Portugal. Não gosto da ideia de deixar tanta coisa pra trás, mas gosto do sabor antecipado de que terei que voltar à Espanha...


domingo, 16 de fevereiro de 2014

Chaparrita - Ogre Beer

Hoje falarei da última cerveja do Beer Pack de Fevereiro que eu tomei, a Chaparrita. Produzida pela paranaense Ogre Beer, é uma Witbier bastante picante. Seu slogan, no mais perfeito portunhol (que acompanha todos os textos da garrafa): "Para los Ogros, até la cerveja Gelada tem que ser Caliente".

Nada deixa a desejar: é uma deliciosa witbier de trigo, bem encorpada, e com um after bastante caliente: estou com a boca amortecida após beber os 600 ml de sua garrafa. Seu teor alcoólico é de 4,7%. Ainda bem, pois, sendo mais forte, seu melhor uso seria como combustível de foguete.

Eu nunca havia experimentado uma cerveja picante. A primeira impressão foi excelente, assim como a primeira garrafa inteirinha. A embalagem dá também algumas dicas de harmonização ("ceviche, peixes blancos, cozinha mexicana ou con noches e companhias calientes").
Recomendo para: quem gosta de sabores apimentados.
Não recomendo para: quem tem preferência por cervejas mais adocicadas, ou mesmo as de trigo convencionais.
Quer saber mais? https://www.facebook.com/pages/Ogre-Beer/

Chaparrita Ogre Beer


Minha avaliação: 9.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Beer Pack Fevereiro

Recebi ontem o Beer Pack Fevereiro, do Clube do Malte. Como acabei de me cadastrar no programa, foi o primeiro kit que eu recebi. Tendo recebido três cervejas belgas, uma brasileira, um queijo, um copo e duas revistas, fiquei bastante satisfeita com o conteúdo.


Decidi começar pela Celis White, witbier belga que eu nunca tinha provado ou ouvido falar. Excelente escolha para o verão, pois é muito refrescante, lembrando a Hoegaarden.  Porém, é mais forte e marcante. É uma cerveja ligeiramente frutada e doce, porém com um after azedo. Seu teor alcoólico é de apenas 5%.
Recomendo para: quem gosta de experimentar novidades, apreciadores da Hoegaarden.
Não recomendo para: quem está acostumado a só tomar Pilsen, quem gosta de cervejas com menos presença.


Minha avaliação: 8.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Três dias na região dos Canyons

Chegamos a Cambará do Sul na madrugada de sábado para domingo. No domingo, acordamos não muito cedo, fizemos checkout da pousada em que estávamos (a ideia era acampar!) e fomos procurar um camping. Fomos direto para a Fazenda Pindorama, que havíamos visto pela Internet e gostado da localização, preço e instalações. Montamos as barracas, arrumamos nossas coisas e saímos em direção ao primeiro canyon da temporada, o Fortaleza.

Chegamos ao Parque Nacional da Serra Geral, fizemos o cadastro e pagamento do carro e entramos. Logo no começo do percurso, encontramos a primeira maravilha. Ali, no meio do caminho, sem qualquer identificação do que seria. Surge, pois, a primeira pérola:
"Se isso que não é nada é isso, imagine o que é alguma coisa." (BUCCI, A., 2013)
Canyon Fortaleza (Cambará do Sul, RS)
Canyon Fortaleza (Cambará do Sul, RS)
Ainda no Canyon Fortaleza, visitamos a Cachoeira do Tigre Preto e a Pedra do Segredo:

Cachoeira do Tigre Preto (Cambará do Sul, RS)
Pedra do Segredo (Cambará do Sul, RS)
Após passearmos pela borda do Canyon (muito bem sinalizada e segura, por sinal) e tirarmos muitas fotos, hora de deixar o Parque Nacional. Voltamos para o camping, conversamos com as senhoras que o administram e perguntamos se havia alguma cachoeira não muito longe e que ainda pudéssemos aproveitar naquele fim de tarde (já passavam das 18h quando voltamos ao camping). O resultado foi este:
Cachoeira dos Venâncio (Cambará do Sul/Jaquirana, RS)
Cachoeira dos Venâncio (Cambará do Sul/Jaquirana, RS)

Para terminar bem o dia, uma bela vista do Sol se pondo e uma deliciosa pizza com cerveja na aconchegante Cantina Menegolla:

Caminho entre Jaquirana e Cambará do Sul, RS
Cantina Menegolla (Cambará do Sul, RS)
De domingo para segunda, muita chuva à noite, provando, mais uma vez, a qualidade das barracas da Nautika e da Trilhas e Rumos. Acordei mais de uma vez com medo do barulho da água, apalpei o colchonete e o chão e constatei que estava tudo em ordem. Apesar do barulho e dos sustos, dormi bem a maior parte da noite. Na segunda-feira, eu tive que trabalhar. Minhas amigas saíram para explorar o Canyon Itaimbezinho, mas não puderam, devido ao mau tempo. Eu trabalhei durante a manhã na barraca mesmo, e à tarde em um salão de jogos e recreação que estava sem uso. Agradeço imensamente ao 3G da Vivo pela graça alcançada:

Escritório Cinco Estrelas da VB

Às 18h, estando liberada, saí sozinha da Fazenda Pindorama para dar umas voltas. Fui até o Portal de Cambará do Sul, até a Praça da Matriz (onde se encontra a Árvore de Cambará do Sul) e uma linda decoração natalina, naquela época, e parei para tomar um café da tarde no afamado Sendero. No caminho, ainda fiz uma pausa para fotografar o maravilhoso Sol que ia embora.

 


O Sendero é um lugar tão legal que merece um parágrafo à parte: ambiente muito bacana, decoração interesssante, garçons e chefs super simpáticos, pratos e drinks diferentes para todas as horas do dia, e com um diferencial muito legal que é ter milhões de livros à disposição dos clientes, para consulta e leitura gratuitas. O Sendero vale tanto a pena que voltei lá, poucas horas após meu café, para jantar com as minhas amigas.

Sendero: simplesmente sensacional.

Na terça-feira, dia trinta e um de dezembro, eu estava de folga novamente. Pudemos, então, fazer a devida visita ao Canyon Itaimbezinho. São Pedro não estava tão satisfeito quanto no domingo, e mandou uma chuva fina com bastante neblina para acompanhar nosso trajeto. As condições climáticas, aliadas ao Itaimbezinho ser mais perigoso e menos sinalizado do que o Fortaleza, fizeram com que não chegássemos até o Mirante em seu ponto mais alto. Porém, isso não nos impediu de aproveitar o passeio e garantir algumas fotos antes que a neblina destruísse nossa visibilidade.


Canyon Itaimbezinho, suas belezas e muita neblina.

Encerrado o tour Itaimbezinho, seguimos com destino a Praia Grande (SC). Ficamos lá apenas algumas horas, suficientes para almoçarmos e conhecermos a cidade (que é uma graça e muito bem arrumada) e fomos embora com destino a Laguna (SC).
Neblina entre Cambará do Sul (RS) e Praia Grande (SC)

Matriz e Praça da Matriz em Praia Grande (SC)

Inspiração para papel de parede do Windows, em Praia Grande (SC)
Chegamos a Laguna (SC) no final da tarde do dia trinta e um, com tempo suficiente apenas para fazermos uma boquinha, procurarmos um hotel não muito caro para passar a primeira noite, comprarmos as cervejas do Réveillon e nos arrumarmos para a festa da virada do ano, que, descobrimos às quase 23h, seria em uma praia bem próxima a onde nos alojamos. Entre chegarmos na cidade e iniciarmos os preparativos todos, porém, precisamos fazer a já tradicional foto do pôr-do-sol do lugar.

Um ano tão bonito quanto 2013 não poderia ter terminado de outra maneira.







quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Viagem ao Sul do Brasil

Planejamos, eu e minhas amigas, uma viagem diferente para o Reveillon 2014, um pouco mais longe do que costumávamos ir. E fomos, pela primeira vez, pegar um avião juntas. Deslumbradas com as fotos de canyons e cachoeiras, decidimos nosso destino: Cambará do Sul (RS). Era uma viagem longa e eu não teria recesso (apenas folgaria nos feriados de 25/12 e 01/01). Porém, por ter certa flexibilidade e possibilidade de home-office, resolvi me aventurar assim mesmo por uma semana com elas. Afinal, eu teria livres dois sábados, dois domingos e a quarta-feira, podendo aproveitar boa parte da viagem. Aos 45' do segundo tempo, consegui salvar também o dia 31/12, reduzindo meu trabalho para três dias na semana e aumentando o número de dias livres para seis. Perfeito!

Tent-office em Cambará do Sul (RS)
Não encontrando passagens em conta para Porto Alegre (RS) ou Caxias do Sul (RS), eis que surge a ideia salvadora: e se nós procurarmos algum aeroporto um pouco mais longe e continuarmos de carro? Poucas horas depois disso, encontramos passagens em conta para Joinville (SC). O novo plano era descer de carro, de uma vez, até Cambará do Sul, e voltar aos pouquinhos pelo litoral catarinense.

"Minha vida é andar por este país, pra ver se um dia descanso feliz." (GONZAGA, Luis)
Embarcamos em Congonhas naquele sábado de manhã como se fôssemos tirar um ano sabático: mochilas de 60 a 75 litros foram despachadas, com direito a barracas, sacos de dormir e colchões, enquanto as mochilas de mão tinham cerca de 30 litros. Como faríamos os trajetos de carro (sem trilhas), o volume de bagagem não haveria de ser problema. Desembarcando em Joinville (SC), fomos direto à Localiza, buscar nosso fiel companheiro:

Uninho V1dA L0Ka
Com o time completo, seguimos até Camboriú (SC) para curtir uma praia e almoçar antes de seguir viagem, que ainda seria bem longa. Camboriú já nos deu uma amostra do que seria a viagem: foi lá a primeira cerveja (uma Original de 600ml, dividida pelas três), o primeiro contato com o sensacional e gelado mar catarinense e também o primeiro perrengue: em um mergulho, o mar resolveu surrupiar de meu rosto os óculos... Como reflexo, pedi às minhas amigas que me ajudassem. Não havia muitas esperanças, mas era necessário tentar. E não é que deu certo? Segundos após eu desistir da busca, Briane me disse que havia pisado em algo. Sem saber do que poderia se tratar, mergulhei em direção a seus pés e recuperei os óculos. A próxima parada após Camboriú foi, então, para provar que o dinheiro compra, sim, amizades:

Cordinha mágica comprada na Decathlon de São José (SC). Ideia da amiga Renata, que tem conhecimentos e soluções para tudo neste mundo.
Seguimos em frente rumo a Cambará do Sul, onde chegamos somente tarde, bem tarde... Tarde o suficiente para encontrarmos fechados quase todos os estabelecimentos comerciais, incluindo bares/lanchonetes e hoteis. Paramos no Bar Lua Nova para a ceia (palavra bonita para um jantar tardio, somente), que incluiu uma Polar, muito bem degustada por mim, e seguimos para a Pousada Itaimbeleza, única que encontramos aberta na cidade. Excelente lugar para ser a única opção: quartos confortáveis, banheiros limpos, staff simpática e um excelente café da manhã no dia seguinte.

Caminho percorrido dia 28/12, com ênfase na serra enfrentada na divisa SC - RS.